‘O Auto da Compadecida 2’ diverte com sequência segura, mas sem inovações marcantes
O filme estreia nesta quarta-feira (25), trazendo de volta João Grilo e Chicó em uma nova aventura. Embora engraçado e com ótimo elenco, a produção carece de frescor e criatividade.
ENTRETENIMENTO
12/24/20242 min ler


Depois de 25 anos de especulações, a aguardada sequência de O Auto da Compadecida finalmente chega aos cinemas neste Natal (25). Com Matheus Nachtergaele e Selton Mello retomando seus papéis icônicos de João Grilo e Chicó, o filme promete matar as saudades do público, mas não alcança o impacto e a originalidade do primeiro longa.
Uma trama familiar com novas confusões
Na nova história, João Grilo retorna a Taperoá após décadas desaparecido, apenas para descobrir que é tratado como uma celebridade local. Ao reencontrar Chicó, agora um poeta que vive narrando os "causos" do amigo, os dois logo se veem envolvidos em uma disputa política entre o Coronel Ernani (Humberto Martins) e Arlindo (Eduardo Sterblitch), que desejam usá-lo como cabo eleitoral.
Entre intrigas e muitas artimanhas, a dupla tenta se livrar dos problemas, enquanto a Compadecida, desta vez interpretada por Taís Araújo, retorna para ajudá-los em momentos decisivos.
Humor certeiro, mas sem ousadia
A direção de Flávia Lacerda e Guel Arraes garante momentos cômicos que remetem ao espírito leve e divertido do primeiro filme. Animações integradas às histórias contadas por Chicó são um destaque, trazendo frescor e potencializando o humor em algumas cenas. No entanto, o roteiro repete fórmulas já vistas em 2000, especialmente no desfecho, deixando uma sensação de "mais do mesmo".
Elenco brilhante salva a produção
O ponto alto da sequência está na atuação da dupla de protagonistas. Matheus Nachtergaele e Selton Mello mostram uma química impecável, trazendo João Grilo e Chicó de volta com energia e carisma, como se os papéis nunca tivessem sido deixados de lado. Nachtergaele, em particular, eleva o nível do filme sempre que está em cena.
Nos papéis coadjuvantes, Eduardo Sterblitch e Luis Miranda entregam performances cômicas marcantes, enquanto Humberto Martins convence como o Coronel Ernani, apesar de não fugir muito de personagens rústicos que já interpretou. Já Fabíula Nascimento e Virgínia Cavendish têm menos destaque, com histórias pouco desenvolvidas.
Taís Araújo, que assume o papel da Compadecida após Fernanda Montenegro, entrega uma interpretação carismática e doce, que, embora diferente, funciona bem e não desrespeita o legado da personagem.
Notícias
Últimas notícias e tendências do momento.
Informações
© 2024. All rights reserved.