Trump Ameaça Brics com Tarifas de 100% Caso Substituam o Dólar

“Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics, nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano. Caso contrário, sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus à maravilhosa economia norte-americana”, escreveu Trump.

O líder republicano também afirmou que o dólar não será substituído no comércio internacional e que qualquer país que tentar fazê-lo “dará adeus aos Estados Unidos”.

Brics e a Busca por Alternativas ao Dólar

Atualmente, o Brics conta com dez membros: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos, que se tornaram membros permanentes este ano.

Em outubro, durante uma cúpula em Kazan, na Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que o bloco avance na criação de mecanismos de pagamento alternativos ao dólar. Essa proposta faz parte da prioridade do Brasil para a presidência do Brics, que assumirá em 2025, buscando reduzir a dependência do dólar e ampliar o papel do Novo Banco de Desenvolvimento, presidido por Dilma Rousseff.

Por enquanto, nem a Presidência da República do Brasil nem o Ministério de Relações Exteriores comentaram as declarações de Trump.

Encontro com Justin Trudeau e Outras Decisões

Além das declarações sobre o Brics, Trump se reuniu com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, para discutir questões comerciais, a crise do fentanil e acordos relacionados ao Ártico. Segundo Trump, a conversa foi "muito produtiva", e Trudeau se comprometeu a trabalhar em conjunto para resolver problemas como a crise das drogas e o déficit comercial entre os dois países.

Nomeação para a Embaixada na França

Por fim, Trump anunciou que Charles Kushner, pai de seu genro Jared Kushner e magnata do setor imobiliário, será o novo embaixador dos EUA na França. Em um post no Truth Social, Trump elogiou Kushner como “um tremendo líder empresarial e filantropo”, destacando que ele será um “forte defensor dos interesses americanos”.

Esses movimentos mostram que o presidente eleito mantém uma postura agressiva em questões econômicas e diplomáticas, enquanto se prepara para iniciar seu novo mandato.